12 de julho de 2009

Exercícios - Análise sintática

EXERCÍCIOS -ANÁLISE SINTÁTICA 1- Diferencie os elementos sublinhados utilizando os seguintes códigos: (3,0) (OI) Objeto Indireto (CN) Complemento Nominal ( ) Uma parcela dos pesquisadores defendem a clonagem terapêutica. ( ) Muitos cientistas fizeram críticas à clonagem humana. ( ) Esse projeto prejudicará nossa cidade. ( ) Eu gosto de abacaxi. ( ) Eu lhe sou obediente. ( ) Isto tem um forte gosto de abacaxi 2- Relacione: (3,0) (1) Complemento nominal (2) Adjunto adnominal a- ( ) Sandra tinha um verdadeiro pavor de solidão. b- ( ) Marta colocou um casaco de lã. c- ( ) A invenção do telefone, a descoberta do átomo e a construção do prédio nos foi útil. d- ( ) A invenção do sábio, a descoberta do cientista e a construção do engenheiro foram admiradas por todos. e- ( ) Roubaram-lhe a caneta. f- ( ) Isto lhe é favorável. 3-Classifique o termo em destaque como aposto ou vocativo: (2,0) a) As crianças adoravam Furioso, o “terrível” leão africano. _________________________________________________________ b) Meu amigo, nada mais podemos fazer. _________________________________________________________ c) O circo tinha duas atrações principais: o trapezista e o leão. _________________________________________________________ d) Tio, apertou o botão do sétimo andar? _________________________________________________________ 4- Leia com atenção. (2,0) Minhas amigas, Flávia e Raquel, chegarão amanhã. a) O termo “Flávia e Raquel” pode funcionar como aposto? Justifique._________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Exercícios - metrificação

Literatura - metrificação 1- Leia com atenção Nel mezzo del cammin* Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada E triste, e triste e fatigado eu vinha. Yinhas a alma de sonhos povoada, E a alma de sonhos povoada eu tinha... E paramos de súbito na estrada Da vida: longos anos, presa à minha A tua mão, a vista deslumbrada Tive da luz que teu olhar continha. Hoje, segues de novo... na partida Nem o pranto os teus olhos umedece, Nem te comove a dor da despedida. E eu, solitário, volto a face, e tremo Vendo o teu vulto que desaparece Na extrema curva do caminho extremo. Olavo Bilac *No meio do caminho Retire do poema versos que: a) conte o encontro entre duas pessoas; b) indiquem o sexo do eu lírico: 2- Classifique as rimas dos quarteto. 3- Copie e faça a escansão dos dois primeiros versos do poema. 4- Classifique os dois primeiros versos de acordo com o número de sílabas poéticas. 5- A frase, “Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral”, de Caetano Veloso é um exemplo de ______________________ que consiste na __________. 6- O que é um soneto? 7- Classifique as rimas das estrofes abaixo: Estes os olhos são da minha amada, Que belos, que gentis e que formosos! Não são para os mortais tão preciosos Os doces frutos da estação dourada. Cláudio Manuel da Costa _______________________________ Ama de igual amor o poluto e o impoluto; Começa e recomeça uma perpétua lida, E sorrindo obedece ao divino estatuto Tu dirás que é a morte: eu direi que é a Vida. Machado de Assis (Uma criatura)

20 de maio de 2009

PREDICADO.... ???

Desde já agradeço a todos que leem este blog. Recebi um comentário do Fernando Henrique, aluno do 3º ano de uma escola de Rondônia, sobre as orações subordinadas Substantivas. Segundo ele a definição dos tipos de predicado não ficou... clara. E ele teve de recorrer a outro site. Bom, meu caro Fernando Henrique... concordo com você em gênero, número e grau! Por isso vamos examinar melhor este tópico da sintaxe. Só para relembrar... Predicado – Como já foi dito em um outro tópico, é tudo aquilo que não é sujeito. Núcleo - é a parte mais importante de uma função sintática. PREDICADO VERBAL - é aquele cujo núcleo é um verbo que expresse ação (transitivo ou intransitivo), ou seja, a informação mais importante a ser passada está contida no verbo. Ex: A criança cortou o papel. Vamos fazer a análise? Quem é o sujeito? E o predicado? A criança = sujeito simples Cortou o papel = predicado Agora reflita. Qual é a mensagem que eu quero transmitir ao ouvinte? Em torno de qual palavra gira esta mensagem? “Cortou” Se tirássemos o verbo da oração ela ficaria assim: “A criança o papel.”. Não teria sentido. Viram como a presença do verbo é essencial? O núcleo deste predicado é o verbo “cortou”, por isso ele é um predicado verbal. PREDICADO NOMINAL – é aquele cujo núcleo é um adjetivo ou um substantivo (os predicativos). Este tipo de predicado possui um verbo que não expressa ação (os chamados verbos de ligação); estes verbos têm como função ligar o sujeito a uma característica ou estado do mesmo. Ex. A criança ficou ferida. Vamos analisar? Sujeito – A criança Verbo de Ligação – ficou Predicativo do Sujeito - ferida Repare que o verbo “ficou” não expressa ação (ninguém pratica a ação de ficar ferida!). Ah, já sei! Você não lembra o que é um predicativo. Dê uma olhadinha no tópico sobre análise sintática. Ex ²: Aquela mulher parece uma tábua. Sujeito – Aquela mulher Predicado – parece uma tábua. Viu?! Ninguém pratica a ação de parecer. Nesta oração o verbo está servindo como elo de ligação entre o sujeito e o predicativo do sujeito (tábua). Observemos então, a fórmula do predicado nominal: Suj + VL + Predicativo do suj. Estes são alguns exemplos de verbos de ligação: ser, estar, permanecer, ficar, parecer, andar (no sentido de estar) IPC Alguns verbos podem ser ora de ligação, ora intransitivo. Ex: Marina anda adoentada. (neste caso o verbo se refere ao estado de Mariana. O verbo “anda”, nesta oração, tem sentido de “está”. Aqui ele é verbo de ligação e o predicado é nominal) Ex²: Mariana anda por esta calçada. (neste caso o verbo se refere ao ato de caminhar, retrata uma ação. Aqui ele é um verbo intransitivo e o predicado é verbal.) DESAFIO!!!! No exemplo 2 do IPC vimos que “Mariana” é o sujeito da oração, “anda” é verbo intransitivo e núcleo do predicado verbal. Agora responda: qual é a função sintática de “por esta calçada”? PREDICADO VERBO-NOMINAL – neste tipo de predicado temos dois núcleos: o verbo e um nome (substantivo ou adjetivo). A importância da informação é dividida entre o verbo nocional (de ação) e o predicativo. Ex: A criança brincava distraída. Sujeito – A criança Predicado – brincava distraída. Observe que o interesse do falante não é simplesmente dizer que a criança brincava. E sim que ela brincava distraída, logo, brincava (verbo intransitivo) e distraída (predicativo do sujeito) são núcleos do predicado verbo-nominal. Ex ²: O professor corrigiu as provas apressado. Faça a análise. Reparou que a intenção não é só dizer que o professor corrigiu as provas, mas que ele estava apressado quando as corrigiu? IPC ² Muita atenção pois se ao invés do adjetivo, usarmos um advébio o predicado será verbal. Por que o advérbio é um termo que está diretamente ligado ao verbo. Ex : A criança brincava distraidamente. “Distraidamente” está se referindo ao modo como a criança brincava. IPC ³ O predicativo no predicado verbo-nominal pode-se referir ao sujeito (quando o verbo é intransitivo) ou do objeto (se o verbo for transitivo). Ex : O frio deixou a criança resfriada. Sujeito – O frio Verbo transitivo direto – deixou Objeto direto – a criança Predicativo do objeto direto – resfriada Resposta do desafio: Adjunto adverbial de lugar.

13 de abril de 2009

Orações subordinadas substantivas

Alguns exercícios sobre as temidas orações subordinadas. Revisão para a prova 1- Analise sintaticamente os termos da seguinte oração: a) O bebê dorme tranqüilamente. b) Ontem recebi elogios do professor. c) Eu ensinarei português a ti. 2 – Sublinhe as orações subordinadas substantivas e classifique-as: a- Acho que a munição deles acabou. __________________________________________________________________ b- Desejo-lhe somente isto: que você seja feliz. ___________________________________________________________________ c- Ninguém me convencerá de que ele é desonesto. ________________________________________________________________ d- Está provado que o fato aconteceu. __________________________________________________________________ e- Os jornais noticiaram que mataram o político italiano. ____________________________________________________________ f- O eleitor brasileiro não podia prever que isso acontecesse. _________________________________________________________ 3- Transforme as orações substantivas desenvolvidas em reduzidas: a- Penso que estou na sala de aula. ___________________________________________________________ b- O povo brasileiro gosta de que seus antepassados sejam valorizados. ____________________________________________________________ c- O índio tem medo de que o homem branco invada suas terras. ____________________________________________________________ d- A idéia era que prendessem todos os grevistas. ____________________________________________________________ e- Esperamos que consigamos a aprovação. ____________________________________________________________ 4- Agora transforme as reduzidas em desenvolvidas: a- A intenção da pesquisa foi valorizar a família. _____________________________________________________________ b- Nosso desejo é comprovar a tese. _____________________________________________________________ c- É necessário viver em harmonia no lar. _____________________________________________________________ d- É bom estar aqui com vocês. ______________________________________________________________ 5- (UNIRIO – RJ) Em “A areia era polvilho de espelho”, O tipo de predicado e a função sintática do termo sublinhado são respectivamente: (a) verbal – objeto direto (b) verbo-nominal – predicativo do sujeito (c) nominal – adjunto adnominal (d) nominal – predicativo do sujeito

As malvadas do 9º ano (II parte).

Orações subordinadas adjetivas. Para distinguirmos as subordinadas é bom que analisemos cada parte do nome dado a elas: Orações – porque são enunciados que possuem verbo. Subordinadas – porque é uma oração desempenhando uma função sintática importante para a construção de outra oração. Adjetiva – porque ela caracteriza um substantivo (função atribuída ao adjetivo).
A Oração Subordinada Adjetiva tem a função de um adjunto adnominal. Veja o exemplo: (utilizando ainda o sistema de cores) Ela disse a ele coisas impublicáveis. Sujeito simples. Verbo transitivo direto e indireto. Objeto indireto. Núcleo do objeto direto. Adjunto adnominal do núcleo do objeto direto. No exemplo acima fizemos a análise de um período simples. Veja agora a análise de um período composto. Ela disse a ele coisas que não são publicáveis. Sujeito simples. Verbo transitivo direto e indireto. Objeto indireto. Núcleo do objeto direto. Adjunto adnominal do núcleo do objeto direto. Observe que o adjunto adnominal do objeto direto é uma oração. Ela é a nossa subordinada adjetiva, pois está caracterizando o substantivo “coisas”. IPC: a oração subordinada adjetiva é introduzida pelo pronome relativo. As subordinadas adjetivas podem ser classificadas em: RESTRITIVAS- são aquelas que delimitam, restringem o sentido de um nome antecedente. Aparecem ligadas diretamente ao antecedente, sem vírgulas. EXPLICATIVAS- são aquelas que acrescentam uma informação que já é de conhecimento do interlocutor (aquele com quem se fala). Ela generaliza o sentido do termo antecedente. Na escrita, aparecem entre vírgulas. Exemplo: Em uma grande competição esportiva entre escolas particulares e públicas ouvem-se os seguintes comentários: 1º - As escolas particulares que têm patrocínio lideram as competições. 2º - As escolas particulares, que têm patrocínio, lideram as competições. No 1º exemplo (restritiva) são várias escolas particulares, mas somente as que têm patrocínio lideram as competições, ou seja, nem todas as escolas particulares que participam do evento têm patrocínio. No 2º exemplo (explicativa) generalizamos; todas as escolas particulares que participam do evento têm patrocínio. Levantando hipóteses... A 1ª oração poderia ser feita por um aluno de uma escola particular que não tem patrocínio e não está tendo um bom desempenho no evento. A 2ª oração poderia ser feita por um aluno de uma escola pública. Agora...
Suponhamos que no início do ano seu professor de Língua Portuguesa, ao explicar o sistema de avaliação, faça um dos seguintes comentários: a) As provas que serão fáceis acontecerão às quartas-feiras. b) As provas, que serão fáceis, acontecerão às quartas-feiras. Qual desses dois comentários você gostaria que fosse feito pelo seu professor? Tente explicar o porquê da escolha através da diferença de sentido.

12 de abril de 2009

O "Y" e o "W" são vogais ou consoantes?

Encontrei este tópico em uma comunidade no orkut, e achei muito interessante. Resolvi postar a resposta do professor Isaac Filho. Y e W... O W pode tanto representar o fonema vocálico /u/ (Wilson, windsurfe etc.) como o fonema consonantal /v/ (Wágner, Walita etc). O Y é mais complicado. Tudo depende de como ele se comporta na sílaba. Se for base de sílaba, classifica-se como vogal; se estiver apoiado numa vogal, como semivogal. Exemplos: office-boy e bye-bye (semivogal): em boy temos um ditongo decrescente (oy) e em bye, um ditongo crescente (ye). Chantily, derby, delivery (vogal). Observem-se a separação silábica e a pronúncia: chan-ti-ly (xã-ti-li); der-by (dér-bi); de-li-ve-ry (de-lí-ve-ri). Obs: O problema está em palavras como Yara e Yasmim, já que em palavras como essas ocorre flutuação de pronúncia, já que elas podem ser pronunciadas de duas maneiras: Ya-ra, Yas-mim ou Y-a-ra, Y-as-min, ou seja, ora o y se comporta como semivogal (para mim a pronúncia normal), ora como vogal. Esse é o mesmo fenômeno que ocorre com a letra "i" em encontros como ia-ie-io, em que o "i" ora é pronunciado como semivogal (para mim a pronúncia normal), ora como vogal. Mário pode ser pronunciado Má-rio (o "i" é semivogal) ou Má-ri-o (onde o "i" é vogal). Os encontros ia, ie, io (e outros) são flutuantes: co-lô-nia / co-lô-ni-a; sé-rie / sé-ri-e; e-xí-mio / e-xí-mi-o; Ia-ra / I-a-ra; Ias-mim / I-as-mim. Eu adoto a pronúncia em que esse fonema faz um ditongo, portanto classifico-o como semivogal, mas faço a observação de que esses encontros podem ser pronunciados como hiato (então o i seria uma vogal). O nome técnico para isso é diérese (transformação de um ditongo em hiato). Como o Y representa esse(s) mesmo(s) fonema(s), a classificação será a mesma: Ya-ra (semivogal); Y-a-ra (vogal). Como se trata de diérese, eu considero a pronúncia normal como semivogal, mas admito que ele possa ser pronunciado como vogal. Em síntese: para o y, ocorre a mesma coisa com o i em palavras como abecedário, calvície, ciência. Em palavras como byte, byroniano, a letra y não representa nem vogal, nem semivogal, mas um ditongo oral decrescente /ai /: bai-te; bai-ro-ni-a-no.

2 de abril de 2009

Objeto indireto ou Complemento nominal? E agora?

Quem nunca ficou na dúvida em dizer se um termo da oração é complemento nominal ou adjunto adnominal que atire a primeira pedra! Objeto direto X objeto direto preposicionado X objeto indireto 1- Objeto direto = complemento verbal sem preposição; completa o verbo transitivo direto; Ex: O professor encontrou o aluno. (OD) 2- Objeto direto preposicionado = complemento verbal com preposição; completa o verbo transitivo direto; Ex: O professor encontrou a mim. (ODP) 3- Objeto indireto = complemento verbal com preposição; completa o verbo transitivo indireto; Ex: O aluno obedece ao professor. (OI) Objeto indireto X complemento nominal 1- Objeto indireto = completa verbo (transitivo indireto) Ex: Ele se referiu ao diretor. [Referir-se é verbo transitivo indireto, logo, “ao diretor” é OI] 2- Complemento nominal = completa nome (substantivo, adjetivo ou advérbio). Ex: Ele fez referência ao diretor. [Referência é substantivo abstrato e pede um complemento, logo, “ao diretor” é o complemento nominal] Complemento nominal X adjunto adnominal 1- Complemento nominal = completa nomes. 2- Adjunto adnominal = termo que determina, especifica ou qualifica um substantivo. Indica tipo, matéria ou posse. Pode ser expresso por artigos, pronomes, numerais, adjetivos, locuções adjetivas e orações adjetivas. A confusão geralmente acontece quando ele vem representado por uma locução adjetiva. I.P.C. Fique esperto! Se o termo introduzido por preposição estiver ligado a um substantivo transitivo e funcionando como alvo (o paciente da ação nominal) ele é complemento nominal. Agora, se ele for o praticante (o agente da ação) é adjunto adnominal. Ex. 1- A resposta aos grevistas não os convenceu. [os grevistas receberam a resposta estão passivos em relação ao substantivo “resposta”] 2- A resposta do diretor não os convenceu. [o diretor deu a resposta ele é o ativo, o praticante em relação ao substantivo “resposta”] Predicativo do sujeito X adjunto adverbial de modo 1- Predicativo do sujeito = termo de valor adjetivo (com flexão de número e gênero) que se liga ao sujeito pelo verbo (de ligação, transitivo ou intransitivo); 2- Adjunto adverbial de modo = termo de valor circunstancial que sempre modifica o verbo; é invariável. Ex: 1- Ela vendeu tranqüila suas jóias. [é predicativo do sujeito, já que “tranqüila” concorda com o sujeito feminino “ela”; quer dizer que ela vendeu as suas jóias e estava tranqüila.]. 2- Ela vendeu tranqüilo suas jóias. [ tranqüilo foi o modo como ela vendeu suas jóias]. Predicativo do objeto X adjunto adnominal 1- Predicativo do objeto = qualidade atribuída ao objeto (momentâneo); Ex: O professor considera este aluno um gênio. [“gênio” é uma qualidade atribuída ao aluno pelo professor] 2- Adjunto adnominal = qualidade do próprio ser. Ex: O professor comprou um carro novo. [“novo” indica uma qualidade própria do carro] Adjunto adverbial de intensidade X adjunto adnominal 1- Adjunto adverbial de intensidade = intensifica verbos, adjetivos ou outros advérbios; Ex: Ele trabalha muito. [intensifica o verbo trabalhar] 2- Adjunto adnominal = acompanha substantivos. Ex: Ele gasta muito dinheiro. [indetermina a quantidade de dinheiro] Adjunto adnominal X aposto 1- Adjunto adnominal = dá idéia de “posse”. Ex: Gosto do clima de Petrópolis. [idéia de posse, clima metropolitano, Petrópolis não é nome de clima] 2- Aposto = especifica o nome comum ou correspondente. Ex: Gosto da cidade de Petrópolis. [aposto, pois especifica de qual cidade se gosta].

QUEM É QUEM NA ANÁLISE SINTÁTICA.

Como existem muitas dúvidas sobre este assunto... A oração se divide primeiramente em sujeito e predicado. SUJEITO – é aquele que de quem se fala. Para encontrá-lo basta fazer a pergunta “o quê?” ou “quem” antes do verbo. Ex¹: Maria é bonita. Pergunta: quem é bonita? Resposta: Maria Logo, “Maria” é o sujeito da oração. Ex²: Aqui começa a boa escola. Pergunta: O que começa? Resposta: a boa escola. Logo, “a boa escola” é o sujeito da oração. Obs.: Lembre-se de que o verbo sempre concorda com o sujeito. Por isso, só diga “é nós” em situações informais, bem informais... NÚCLEO DO SUJEITO – é a palavra mais importante do sujeito. As demais são termos acessórios. Ex: Aqui começa a boa escola. Sujeito: a boa escola. Núcleo do sujeito: escola O sujeito pode ser classificado como: Simples, composto, desinencial, indeterminado, sem sujeito. 1- Sujeito Simples - é aquele que apresenta uma única palavra como núcleo. Ex: Aqui começa a boa escola. Sujeito simples: a boa escola. Núcleo do sujeito: escola 2- Sujeito desinencial - é aquele que está subentendido na oração, mas que eu consigo identifica-lo através da desinência do verbo. Ex: Comi duas maçãs. Pergunta: Quem comeu? Resposta: Eu Sujeito desinencial: Eu Viram? O sujeito não está explícito, mas eu sei que é o pronome “eu” por causa da terminação do verbo “comi” (primeira pessoa do singular, do pretérito perfeito, do indicativo). I.P.C. – O A nomenclatura “sujeito oculto” não é adequada para este tipo de sujeito uma vez que algo oculto é algo secreto (lembra da brincadeira do amigo oculto?). E neste caso o sujeito está expresso através da desinência do verbo, ele só está implícito (está envolvido, mas não de modo claro) 3- Sujeito composto – é quando eu tenho duas ou mais palavras como núcleo. Ex: Rosas e margaridas desabrocharam no jardim. Pergunta: O que desabrocharam? Resposta: Rosas e margaridas. (sujeito composto) Núcleo do sujeito composto: Rosas, margaridas 4- Sujeito indeterminado – é aquele que não aparece expresso na oração e nem pode ser identificado, ou porque não se quer ou por se desconhecer quem pratica a ação. É possível indeterminar o sujeito de duas formas: - utilizando verbos na terceira pessoa do plural:. Ex: Quebraram a vidraça.. Pergunta: Quem quebrou? Resposta: Eles (“eles” quem??? Não é possível identificar quem quebrou a vidraça) Logo, o sujeito é indeterminado. I.P.C.¹ - quando o sujeito é um pronome indefinido (alguém, por exemplo) não é sujeito indeterminado. Porque o sujeito indeterminado nunca apresenta elemento na oração. Sujeito representado por pronome indefinido será sempre simples, porque ele existe na frase. Não confunda indefinido com indeterminado. I.P.C.²: antes de classificar o sujeito de uma oração observe bem o que vem antes dela. Observe: Ex: Cientistas do Brasil pesquisaram ervas medicinais e descobriram remédios naturais contra o stress. Quem é o sujeito da forma verbal descobriram? Pergunta: quem descobriu? Resposta: Eles (“eles” quem??? Os cientistas do Brasil.) Logo, sujeito desinencial. - empregando-se o pronome se com verbos intransitivos, transitivos diretos e de ligação na terceira pessoa do singular: Ex: Vive-se bem aqui. Precisa-se de professores. Era-se feliz aqui. 5- Oração sem sujeito – é aquela que a declaração expressa pelo predicado não é atribuída a nenhum ser. Nesse tipo de oração o verbo é impessoal e são sempre expressos na terceira pessoa do singular. Estes são os principais: - os que indicam fenômeno da natureza: chover, trovejar, anoitecer... Ex: Choveu muito hoje. - o verbo “haver” com sentido de “existir”: Ex: Havia pessoas boas ali. - os verbos fazer, haver e ir, quando indicam tempo decorrido: Ex: Faz tempo que não o vejo. Há dias espero por você. Vai para um mês que estou longe dela. - os verbos ser e estar, quando indicam tempo ou estado meteorológico: Ex: Já era dia quando chegamos. Está frio aqui. PREDICADO – é tudo aquilo que não é sujeito. Divide-se em: VERBAL - quando o núcleo é um verbo ou expressão verbal. E este núcleo pode ser classificado como: transitivo direto, transitivo indireto, transitivo direto e indireto e intransitivo. 1- Verbo transitivo direto (VTD) – é o verbo que precisa de um complemento para expressar o significado da ação, mas não exige o uso de preposição. Ex: O professor já corrigiu as provas. Afinal, quem corrige, corrige algo. 2- Verbo transitivo indireto - é o verbo que precisa de um complemento para expressar o significado da ação e exige o uso de preposição. Ex: Eu gosto de sorvete. Quem gosta, gosta de algo. Está vendo? O verbo gostar precisa da preposição de para se ligar ao seu complemento. 3- Verbo transitivo direto e indireto – é aquele que precisa de dois complementos: um sem preposição e outro com preposição. Ex: Disse a ele que não iria à aula. Quem diz, diz algo (s/ preposição) a alguém (c/ preposição). 4- Verbo intransitivo – é aquele que não precisa de complemento para expressar seu significado. Ex: Mariana saiu. NOMINAL - quando o núcleo é um nome (predicativo do sujeito ou do objeto), isto é, um substantivo ou adjetivo (o verbo nesta oração é chamado de verbo de ligação, porque não expressa uma ação). Ex: A criança ficou ferida. VERBO NOMINAL - o núcleo é, ao mesmo tempo, um verbo e um predicativo. Ex: A criança brincava distraída. PREDICATIVO - indica uma qualidade ou estado do sujeito ou objeto. Ex: Eu procurava um menino bonito. OBJETO DIRETO – é um complemento verbal. Completa o sentido do verbo transitivo direto (o VTD não pede preposição). Para encontrá-lo basta fazer a pergunta após o verbo. Comprei o livro. - OD (Comprei o quê?) I.P.C. - o objeto direto pode vir precedido de preposição. Neste caso o chamamos de OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO. Ex: Ele bebeu da água. (OD preposicionado) OBJETO INDIRETO – completa o sentido do verbo transitivo indireto. (o VTI pede o auxílio de preposição quando fazemos a pergunta ao verbo) Acredito em Deus. - OI (Acerdito em quê?) COMPLEMENTO NOMINAL – é todo termo que na oração completa o sentido de um nome (geralmente substantivos abstratos). Ex: Tenho saudades de Cristina. Analise a oração e encontre o sujeito, a transitividade do verbo e o objeto. Sobrou alguma coisa? Saudades não é um verbo. É um substantivo mais pede complemento, afinal, quem tem saudades, tem saudades de alguém. Logo, "de Cristina é complemento nominal".

27 de março de 2009

Não tenha medo do... Pronome Relativo!

Antes de falar sobre as Subordinadas Adjetivas se faz necessário esclarecer algumas coisas sobre o pronome relativo. O pronome relativo funciona como conectivo (é um elemento de ligação como a conjunção). Ele liga duas orações substituindo na segunda oração um termo antecedente. Como isso funciona???
Obs: Como não consigo diagramar os exemplos aqui no blog, utilizei o sistema de cores para identificação das funções sintáticas.
Observe as orações abaixo: Ex ¹: A) Todos leram o livro. B) O professor sugeriu o livro.
Agora, utilizemos o pronome relativo “que” para unir estas duas orações em um único período:
A+B= Todos leram o livro que o professor sugeriu.
Viram?! Pegamos o elemento que se repete (livro) e o substituímos pelo pronome relativo "que". Tornando assim, dois períodos simples em um período composto. Desta forma evitamos repetições, tornando o texto mais dinâmico. Os pronomes relativos são que, quem, o qual (a qual, os quais, as quais), onde (quando equivale a em que), quanto (quanta, quantos, quantas) e cujo (cuja, cujos, cujas) podendo estar acompanhados ou não de preposição. Acompanhe os exemplos: Ex²: A) Não conheço a cidade. B) Maria nasceu na cidade.
A + B = Não conheço a cidade onde nasceu Maria.
Observe que o pronome relativo onde nesta oração corresponde a “em que” (Não conheço a cidade em que Maria nasceu). Novamente:
Ex³: A) Esta é a árvore. B) As folhas da árvore caem inexplicavelmente.
A+B= Esta é a árvore cujas folhas caem inexplicavelmente. Você sabia que o pronome relativo exerce função sintática na oração que pertence? E sabe o que é melhor? Nem é tão complicado descobrir a função exercida por ele. Vamos utilizar aquele primeiro exemplo:
1ª oração 2ª oração Todos leram o livro / que o professor sugeriu. Suj. VTD OD / OD Suj. VTD Não entendeu? É simples. Só substituímos o pronome relativo (que) pelo termo correspondente. Com a substituição a segunda oração fica assim: O professor sugeriu o livro. Suj. VTD OD Agora, volte aos exemplos 2 e 3 tente identificar a função sintática do pronome relativo existente neles. Não seja preguiçoso! É exercitando que se aprende. Deixarei a resposta no final da postagem*. Bom, o pronome relativo pode exercer a função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo e adjunto adverbial. I.P.C. Nas funções de OBJETO INDIRETO e ADJUNTO ADVERBIAL o pronome relativo vem acompanhado da preposição exigida pelo verbo. 1ª oração 2ª oração Ex: Essa é a máquina / de que precisamos. OI VTI Substituindo o pronome pelo termo correspondente temos a seguinte oração: Precisamos de máquina. VTI OI Viram como não é tão difícil?! *Os pronomes relativos do 2º e do 3º exemplo exercem a função de adjunto adverbial de lugar.

23 de março de 2009

Trabalho com o 7° ano

Durante este mês falei com meus alunos do 7º ano sobre a importância das personagens para a narração. Depois de discutirmos sobre protagonistas e antagonistas, fizemos um mural sobre as personagens de HQ’s. Formei nove grupos de três pessoas e cada grupo elegeu sua personagem favorita. Depois fizeram uma pesquisa sobre a personagem escolhida: quem a criou? Onde ela vive? Quem são seus amigos? Quais poderes possuem?... Para enfeitar o mural, além das gravuras que eles trouxeram, cada aluno criou uma tirinha de quatro quadrinhos que foram utilizadas como a margem do mural. Ficou lindo! E muito colorido. Eles adoraram ajudar a confeccionar o mural. Trabalharam juntos, sem desentendimentos. Foi uma ótima experiência. Como a turma não é muito grande consegui acompanhar até a fase de pesquisa. Pena que choveu muito depois que colocamos o mural e infelizmente nosso trabalho ficou manchado.
Vejam como ficou:

21 de março de 2009

As malvadas do 9º ano... (parte I)

Orações Subordinadas Substantivas São assim chamadas porque são orações que exercem funções onde normalmente encontramos os substantivos. Toda oração iniciada por conjunção integrante é substantiva. É bom lembrarmos que estamos falando do período composto. Observe o roteiro para se identificar as subordinadas substantivas: 1º - Localize os verbos. 2º - Observando as relações das palavras com os verbos separe as orações. 3º - Identifique o sujeito da oração (pergunte “quem ou o que é que?” antes do verbo). 4º - Descubra a predicação do verbo (faça a pergunta “o que?” “De que?” depois do verbo). IPC¹(Importante Pra Caramba) : Sempre comece a fazer o roteiro pela primeira oração! Vamos às classificações: ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS SUBJETIVAS – funcionam como o sujeito. Ex. Parece / que ninguém viu o disco voador. 1ª oração / 2ª oração Faça o passo a passo e observe: localizamos os verbos e separamos as orações. Faremos a pergunta antes do verbo para encontrar o sujeito (afinal de contas, temos que separar o sujeito.) começamos sempre pela primeira oração. Vamos lá? Pergunta: O que parece? Resposta: Que ninguém viu o disco voador. Viram? A segunda oração responde a pergunta feita ao verbo da primeira oração, logo, ela é o sujeito deste nosso período. Então a 1ª oração classificamos como oração principal e a segunda como oração subordinada substantiva subjetiva. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA DIRETA – funciona como o objeto direto. Ex. Todos queriam / que o disco voador aparecesse. 1ª oração / 2ª oração Vamos novamente ao passo a passo: separamos as orações e agora faremos a pergunta antes IPC² - Nunca faça a pergunta antes de qualquer outra palavra que não seja o verbo! Se você fizer a pergunta assim: “O que todos queriam?” Vai obter a resposta errada. A regra é clara! Faça a pergunta antes do verbo. Pergunta: Quem queria? Resposta: Todos. Pois é, encontramos o sujeito (Todos). Vamos então para o próximo passo: a pergunta depois do verbo. (da 1ª oração é claro!) Pergunta: Todos queriam o quê? (aqui você pode usar o sujeito, afinal a pergunta está depois do verbo) Resposta: Que o disco voador aparecesse. É isso mesmo. A resposta é a 2ª oração. Como podemos perceber ela é um complemento verbal. Por que ela é um complemento verbal? Esqueceu como fazemos para encontrar os objetos, não é? Então, estude mais sobre funções sintáticas! Caso contrário você não entenderá nada daqui pra frente. Bom, para descobrir qual objeto que ela representa é muito fácil. É só verificar a transitividade do verbo: “quem quer, quer algo.” Viram? Sem preposição. Isso significa que ela é uma oração subordinada objetiva direta. E a primeira oração? É classificada como... Se você respondeu oração principal, meus parabéns! ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA INDIRETA - exercem a função de objeto indireto. Agora ficou mais fácil não é? Siga o passo a passo. Ex. Todos me avisaram / de que a prova será amanhã. 1ªoração / 2ª oração Pergunta: Quem avisou? Resposta: Todos. (sujeito) Pergunta: Todos me avisaram de quê? (Olha a preposição aí gente!) Resposta: De que a prova será amanhã. Logo, esta oração será classificada como oração subordinada objetiva indireta. O quê? Ah! Você quer saber qual é a classificação do “me”. Verifiquemos a transitividade do verbo avisar: “quem avisa, avisa alguém de alguma coisa.” Isso aí. O verbo é transitivo direto e indireto, sendo assim, o “me” é o objeto direto. ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS COMPLETIVAS NOMINAIS – o nome já diz tudo. Elas funcionam como complemento nominal. Ex. Tenho certeza / de que me isso é importante. 1ª oração / 2ª oração Agora você fará a primeira parte do passo a passo sozinho. Fez? Caso sua resposta seja negativa, deixe de ser preguiçoso! Você precisa exercitar para aprender. Depois de fazê-lo leia o parágrafo seguinte. Vimos que o sujeito é desinencial (eu). Você não viu isso?! Bom, você deve ter feito a pergunta de forma errada (dê uma olhadinha no IPC ²). Se você chegou à pergunta que é feita depois do verbo, observou que a resposta está na 1ª oração: Pergunta: Tenho o quê? Resposta: Certeza. Pergunta: Certeza de quê? A 2ª oração complementa o sentido da palavra certeza, que é um substantivo abstrato (pertence a classe dos nomes); logo, ela é o complemento nominal da 1ª oração. E é classificada como oração subordinada completiva nominal. IPC³: Tanto o Complemento Nominal quanto o Objeto Indireto vem acompanhado de preposição. A diferença é que o objeto indireto complementa o sentido do verbo (é um complemento verbal) e o complemento nominal, complementa o sentido de um nome (substantivo,adjetivo ou advérbio). Esteja sempre atento a esse detalhe! ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS PREDICATIVAS - já deu pra adivinhar pelo nome a função que ela exerce. Predicativo é claro! Você lembra o que é um predicativo? ex. Nossa vontade era / que o disco voador aparecesse. 1ª oração com verbo de Ligação/ 2ª oração Lembrou? Sujeito + Verbo de Ligação + Predicativo do Sujeito(essa é a fórmula do predicado nominal, mas nos ajuda a perceber as orações subordinadas substantivas predicativas). Temos na primeira oração o sujeito e o verbo de ligação. Já a 2ª oração se refere ao sujeito, logo, temos uma oração subordinada substantiva predicativa. E qual é o nome que damos a 1ª oração mesmo? ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS APOSITIVAS – funcionam como aposto. ex. Tenho certeza de uma coisa: / que isto não existe. 1ª oração com T.e.p.o.s. / 2ª oração *T.e.p.o.s. -> Termo explicado pela oração subordinada. A 2ª oração do nosso exemplo explica o termo “coisa”, citado na 1ª oração, por isso ela funciona como aposto e é classificada como oração subordinada substantiva apositiva. Fique atento! Pois, nem sempre a oração subordinada é a segunda oração.

REFORMA ORTOGRÁFICA ?(As perguntas que não querem calar.).

1- Porque resolveram reformar a Língua Portuguesa? Para unificar a escrita do nosso idioma os oito países falantes da Língua Portuguesa (Angola, Guiné Bissau, Timor Leste, São Tomé e Príncipe, Portugal e Brasil) decidiram por em vigor o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em 1990. Afinal, se todos nós falamos Português, por que escrevê-lo de formas diferentes? Mas deixemos bem claro que na verdade o que está acontecendo é uma tentativa de padronização da Língua. Afinal, ela é viva e está em constante modificação. 2- Como assim “escrevê-lo de formas diferentes”? É que apesar destes oito países terem como idioma oficial o português, algumas palavras eram escritas de forma diferente. 3- Isso quer dizer que a mudança não vai acontecer só para nós brasileiros? Isso mesmo! As mudanças aconteceram nos oito países. 4- As mesmas mudanças? Não. As mudanças são diferentes. As que iremos apresentar aqui são as mudanças no Português do Brasil. Devemos lembrar que isso aconteceu devido a um acordo (que significa combinação, ajuste) logo, algumas palavras que os outros países escreviam diferente serão grafadas da maneira como nós escrevemos. 5- Ah! Então quer dizer que o que vai modificar é só a ortografia de algumas palavras? É isso aí. A pronúncia das palavras não será alterada. 6- Então o que é que vai mudar? Para nós, o alfabeto, o trema, algumas regras de acentuação e o uso do hífen. 7- O alfabeto? Vão mudar o alfabeto??? Não é preciso todo este espanto. O nosso alfabeto que era formado por 23 letras agora tem 26. Foram acrescentadas a ele as letras “K”, “W” e “Y”. Algo que muita gente já fazia, só foi oficializado. 8- É verdade. Mas e o trema? Ele foi eliminado das palavras portuguesas e aportuguesadas como: consequência, pinguim e tranquilo. 9- Sério mesmo?! Dessa mudança aí eu gostei. Agora o lema é: “diante de palavras com suspeita de trema, não tema! O trema foi eliminado no paredão dos sinais gráficos"! Não foi bem isso que eu disse. Eu falei que ele foi eliminado das palavras portuguesas e aportuguesadas. Mas ele permanece em nomes próprios estrangeiros e seus derivados como Müller e mülleriano. 10- Por mim tudo bem. Palavras desse tipo não são usadas com frequência mesmo. É justamente por isso que devemos estar atentos. Nesta hora o que nos ajudará é a nossa memória fotográfica. 11- E nos acentos? O que muda? Bom, a primeira mudança é que não se acentuam os ditongos abertos “ei” e “oi” nas palavras paroxítonas. Palavras como: assembléia, platéia, paranóico e bóia; agora são grafadas sem acento. Ex. assembleia, plateia, paranoico e boia. 12- Então as palavras: herói, dói e papéis também perderam seus acentos? Vão ter acento sim. Por que a regra é somente para palavras PAROXÍTONAS. Diferente das palavras “herói” e “papéis” que são oxítonas e de “dói” que é um monossílabo tônico. Assim como as palavras com acento no ditongo “éu” também continuarão acentuadas. Ex. chapéu, céu, ilhéu. 13- Entendi. Pode continuar. Bem, nós não vamos mais acentuar os hiatos “oo”, presente em palavras como “enjoo” e “voo”, e “ee” presente nos verbos dar, ler e seus derivados (na 3ª pessoa do plural). E não acentuaremos também as palavras paroxítonas homógrafas, o chamado acento diferencial. Ele só permanece na palavra “pôde” (3ª pessoa do pret. Perfeito do modo indicativo) e em “pôr” (verbo). 14- Quer dizer que pára-quedas não tem mais acento? Correto. Não só perdeu o acento como o hífen também. 15- Como assim???? Bom, quando o prefixo terminar em vogal e o segundo elemento começar por “r” ou “s” , duplicasse a consoante e não usaremos o hífen. (ex. antessala, autorretrato, antissocial, antirrugas). Se o prefixo terminar em vogal e a segunda palavra começar por uma vogal diferente, também não vamos mais usar o hífen. (ex. autoajuda, autoescola, infraestrutura, semiárido). Agora, se o prefixo terminar em vogal e o segundo elemento começar por uma vogal igual, usaremos hífen. (ex. anti-inflamatório, micro-ondas, arqui-inimigo). 16- Ah! Acho que entendi. Se for vogal igual, separa. Se for vogal diferente, junta. E se for vogal + R ou S, dobra a consoante. Acertei? Muito bem! É isso mesmo. Claro que tem algumas exceções. Por exemplo: se o prefixo terminar em r (como hiper, inter, super...) e o segundo elemento também começar por “r” devemos usar o hífen. 17- Então agora meu devo ver filmes de “SUPERHERÓI”? Não! Por que o uso do hífen permanece nos compostos com prefixo em que o segundo elemento começa por “h”. Você vai continuar assistindo a filmes de SUPER-HERÓI. 18- Que bom! Eu já estava começando a achar esquisito grafar super-homem sem hífen. Fique tranquilo o hífen ainda será aplicado também em expressões já consagradas como: água-de-colônia, couve-flor, beija-flor, mal-me-quer. E nas onomatopéias como: “bem-te-vi” e “tic-tac”. 19- É acho que vou ter muita coisa para estudar. Todos nós teremos meu amigo. Todos nós.

Olá pessoal!

Nunca pensei que fosse montar um desses pra mim. Mas depois das experiências que tive durante a graduação e em sala de aula, resolvi compartilhar o material de apoio que utilizo. Não só com colegas de profissão, mas com todos que procuram aprender um pouco mais sobre nosso idioma. Ideias* simples que podem fazer a diferença. Por isso, se você tem algum material que queira compartilhar, envie e eu o colocarei aqui. Educadores, juntos trabalhando por um ensino de qualidade. *segundo a nova ortografia o ditongo aberto “ei” em palavras paroxítonas deixa de ser acentuado.