13 de abril de 2009

Orações subordinadas substantivas

Alguns exercícios sobre as temidas orações subordinadas. Revisão para a prova 1- Analise sintaticamente os termos da seguinte oração: a) O bebê dorme tranqüilamente. b) Ontem recebi elogios do professor. c) Eu ensinarei português a ti. 2 – Sublinhe as orações subordinadas substantivas e classifique-as: a- Acho que a munição deles acabou. __________________________________________________________________ b- Desejo-lhe somente isto: que você seja feliz. ___________________________________________________________________ c- Ninguém me convencerá de que ele é desonesto. ________________________________________________________________ d- Está provado que o fato aconteceu. __________________________________________________________________ e- Os jornais noticiaram que mataram o político italiano. ____________________________________________________________ f- O eleitor brasileiro não podia prever que isso acontecesse. _________________________________________________________ 3- Transforme as orações substantivas desenvolvidas em reduzidas: a- Penso que estou na sala de aula. ___________________________________________________________ b- O povo brasileiro gosta de que seus antepassados sejam valorizados. ____________________________________________________________ c- O índio tem medo de que o homem branco invada suas terras. ____________________________________________________________ d- A idéia era que prendessem todos os grevistas. ____________________________________________________________ e- Esperamos que consigamos a aprovação. ____________________________________________________________ 4- Agora transforme as reduzidas em desenvolvidas: a- A intenção da pesquisa foi valorizar a família. _____________________________________________________________ b- Nosso desejo é comprovar a tese. _____________________________________________________________ c- É necessário viver em harmonia no lar. _____________________________________________________________ d- É bom estar aqui com vocês. ______________________________________________________________ 5- (UNIRIO – RJ) Em “A areia era polvilho de espelho”, O tipo de predicado e a função sintática do termo sublinhado são respectivamente: (a) verbal – objeto direto (b) verbo-nominal – predicativo do sujeito (c) nominal – adjunto adnominal (d) nominal – predicativo do sujeito

As malvadas do 9º ano (II parte).

Orações subordinadas adjetivas. Para distinguirmos as subordinadas é bom que analisemos cada parte do nome dado a elas: Orações – porque são enunciados que possuem verbo. Subordinadas – porque é uma oração desempenhando uma função sintática importante para a construção de outra oração. Adjetiva – porque ela caracteriza um substantivo (função atribuída ao adjetivo).
A Oração Subordinada Adjetiva tem a função de um adjunto adnominal. Veja o exemplo: (utilizando ainda o sistema de cores) Ela disse a ele coisas impublicáveis. Sujeito simples. Verbo transitivo direto e indireto. Objeto indireto. Núcleo do objeto direto. Adjunto adnominal do núcleo do objeto direto. No exemplo acima fizemos a análise de um período simples. Veja agora a análise de um período composto. Ela disse a ele coisas que não são publicáveis. Sujeito simples. Verbo transitivo direto e indireto. Objeto indireto. Núcleo do objeto direto. Adjunto adnominal do núcleo do objeto direto. Observe que o adjunto adnominal do objeto direto é uma oração. Ela é a nossa subordinada adjetiva, pois está caracterizando o substantivo “coisas”. IPC: a oração subordinada adjetiva é introduzida pelo pronome relativo. As subordinadas adjetivas podem ser classificadas em: RESTRITIVAS- são aquelas que delimitam, restringem o sentido de um nome antecedente. Aparecem ligadas diretamente ao antecedente, sem vírgulas. EXPLICATIVAS- são aquelas que acrescentam uma informação que já é de conhecimento do interlocutor (aquele com quem se fala). Ela generaliza o sentido do termo antecedente. Na escrita, aparecem entre vírgulas. Exemplo: Em uma grande competição esportiva entre escolas particulares e públicas ouvem-se os seguintes comentários: 1º - As escolas particulares que têm patrocínio lideram as competições. 2º - As escolas particulares, que têm patrocínio, lideram as competições. No 1º exemplo (restritiva) são várias escolas particulares, mas somente as que têm patrocínio lideram as competições, ou seja, nem todas as escolas particulares que participam do evento têm patrocínio. No 2º exemplo (explicativa) generalizamos; todas as escolas particulares que participam do evento têm patrocínio. Levantando hipóteses... A 1ª oração poderia ser feita por um aluno de uma escola particular que não tem patrocínio e não está tendo um bom desempenho no evento. A 2ª oração poderia ser feita por um aluno de uma escola pública. Agora...
Suponhamos que no início do ano seu professor de Língua Portuguesa, ao explicar o sistema de avaliação, faça um dos seguintes comentários: a) As provas que serão fáceis acontecerão às quartas-feiras. b) As provas, que serão fáceis, acontecerão às quartas-feiras. Qual desses dois comentários você gostaria que fosse feito pelo seu professor? Tente explicar o porquê da escolha através da diferença de sentido.

12 de abril de 2009

O "Y" e o "W" são vogais ou consoantes?

Encontrei este tópico em uma comunidade no orkut, e achei muito interessante. Resolvi postar a resposta do professor Isaac Filho. Y e W... O W pode tanto representar o fonema vocálico /u/ (Wilson, windsurfe etc.) como o fonema consonantal /v/ (Wágner, Walita etc). O Y é mais complicado. Tudo depende de como ele se comporta na sílaba. Se for base de sílaba, classifica-se como vogal; se estiver apoiado numa vogal, como semivogal. Exemplos: office-boy e bye-bye (semivogal): em boy temos um ditongo decrescente (oy) e em bye, um ditongo crescente (ye). Chantily, derby, delivery (vogal). Observem-se a separação silábica e a pronúncia: chan-ti-ly (xã-ti-li); der-by (dér-bi); de-li-ve-ry (de-lí-ve-ri). Obs: O problema está em palavras como Yara e Yasmim, já que em palavras como essas ocorre flutuação de pronúncia, já que elas podem ser pronunciadas de duas maneiras: Ya-ra, Yas-mim ou Y-a-ra, Y-as-min, ou seja, ora o y se comporta como semivogal (para mim a pronúncia normal), ora como vogal. Esse é o mesmo fenômeno que ocorre com a letra "i" em encontros como ia-ie-io, em que o "i" ora é pronunciado como semivogal (para mim a pronúncia normal), ora como vogal. Mário pode ser pronunciado Má-rio (o "i" é semivogal) ou Má-ri-o (onde o "i" é vogal). Os encontros ia, ie, io (e outros) são flutuantes: co-lô-nia / co-lô-ni-a; sé-rie / sé-ri-e; e-xí-mio / e-xí-mi-o; Ia-ra / I-a-ra; Ias-mim / I-as-mim. Eu adoto a pronúncia em que esse fonema faz um ditongo, portanto classifico-o como semivogal, mas faço a observação de que esses encontros podem ser pronunciados como hiato (então o i seria uma vogal). O nome técnico para isso é diérese (transformação de um ditongo em hiato). Como o Y representa esse(s) mesmo(s) fonema(s), a classificação será a mesma: Ya-ra (semivogal); Y-a-ra (vogal). Como se trata de diérese, eu considero a pronúncia normal como semivogal, mas admito que ele possa ser pronunciado como vogal. Em síntese: para o y, ocorre a mesma coisa com o i em palavras como abecedário, calvície, ciência. Em palavras como byte, byroniano, a letra y não representa nem vogal, nem semivogal, mas um ditongo oral decrescente /ai /: bai-te; bai-ro-ni-a-no.

2 de abril de 2009

Objeto indireto ou Complemento nominal? E agora?

Quem nunca ficou na dúvida em dizer se um termo da oração é complemento nominal ou adjunto adnominal que atire a primeira pedra! Objeto direto X objeto direto preposicionado X objeto indireto 1- Objeto direto = complemento verbal sem preposição; completa o verbo transitivo direto; Ex: O professor encontrou o aluno. (OD) 2- Objeto direto preposicionado = complemento verbal com preposição; completa o verbo transitivo direto; Ex: O professor encontrou a mim. (ODP) 3- Objeto indireto = complemento verbal com preposição; completa o verbo transitivo indireto; Ex: O aluno obedece ao professor. (OI) Objeto indireto X complemento nominal 1- Objeto indireto = completa verbo (transitivo indireto) Ex: Ele se referiu ao diretor. [Referir-se é verbo transitivo indireto, logo, “ao diretor” é OI] 2- Complemento nominal = completa nome (substantivo, adjetivo ou advérbio). Ex: Ele fez referência ao diretor. [Referência é substantivo abstrato e pede um complemento, logo, “ao diretor” é o complemento nominal] Complemento nominal X adjunto adnominal 1- Complemento nominal = completa nomes. 2- Adjunto adnominal = termo que determina, especifica ou qualifica um substantivo. Indica tipo, matéria ou posse. Pode ser expresso por artigos, pronomes, numerais, adjetivos, locuções adjetivas e orações adjetivas. A confusão geralmente acontece quando ele vem representado por uma locução adjetiva. I.P.C. Fique esperto! Se o termo introduzido por preposição estiver ligado a um substantivo transitivo e funcionando como alvo (o paciente da ação nominal) ele é complemento nominal. Agora, se ele for o praticante (o agente da ação) é adjunto adnominal. Ex. 1- A resposta aos grevistas não os convenceu. [os grevistas receberam a resposta estão passivos em relação ao substantivo “resposta”] 2- A resposta do diretor não os convenceu. [o diretor deu a resposta ele é o ativo, o praticante em relação ao substantivo “resposta”] Predicativo do sujeito X adjunto adverbial de modo 1- Predicativo do sujeito = termo de valor adjetivo (com flexão de número e gênero) que se liga ao sujeito pelo verbo (de ligação, transitivo ou intransitivo); 2- Adjunto adverbial de modo = termo de valor circunstancial que sempre modifica o verbo; é invariável. Ex: 1- Ela vendeu tranqüila suas jóias. [é predicativo do sujeito, já que “tranqüila” concorda com o sujeito feminino “ela”; quer dizer que ela vendeu as suas jóias e estava tranqüila.]. 2- Ela vendeu tranqüilo suas jóias. [ tranqüilo foi o modo como ela vendeu suas jóias]. Predicativo do objeto X adjunto adnominal 1- Predicativo do objeto = qualidade atribuída ao objeto (momentâneo); Ex: O professor considera este aluno um gênio. [“gênio” é uma qualidade atribuída ao aluno pelo professor] 2- Adjunto adnominal = qualidade do próprio ser. Ex: O professor comprou um carro novo. [“novo” indica uma qualidade própria do carro] Adjunto adverbial de intensidade X adjunto adnominal 1- Adjunto adverbial de intensidade = intensifica verbos, adjetivos ou outros advérbios; Ex: Ele trabalha muito. [intensifica o verbo trabalhar] 2- Adjunto adnominal = acompanha substantivos. Ex: Ele gasta muito dinheiro. [indetermina a quantidade de dinheiro] Adjunto adnominal X aposto 1- Adjunto adnominal = dá idéia de “posse”. Ex: Gosto do clima de Petrópolis. [idéia de posse, clima metropolitano, Petrópolis não é nome de clima] 2- Aposto = especifica o nome comum ou correspondente. Ex: Gosto da cidade de Petrópolis. [aposto, pois especifica de qual cidade se gosta].

QUEM É QUEM NA ANÁLISE SINTÁTICA.

Como existem muitas dúvidas sobre este assunto... A oração se divide primeiramente em sujeito e predicado. SUJEITO – é aquele que de quem se fala. Para encontrá-lo basta fazer a pergunta “o quê?” ou “quem” antes do verbo. Ex¹: Maria é bonita. Pergunta: quem é bonita? Resposta: Maria Logo, “Maria” é o sujeito da oração. Ex²: Aqui começa a boa escola. Pergunta: O que começa? Resposta: a boa escola. Logo, “a boa escola” é o sujeito da oração. Obs.: Lembre-se de que o verbo sempre concorda com o sujeito. Por isso, só diga “é nós” em situações informais, bem informais... NÚCLEO DO SUJEITO – é a palavra mais importante do sujeito. As demais são termos acessórios. Ex: Aqui começa a boa escola. Sujeito: a boa escola. Núcleo do sujeito: escola O sujeito pode ser classificado como: Simples, composto, desinencial, indeterminado, sem sujeito. 1- Sujeito Simples - é aquele que apresenta uma única palavra como núcleo. Ex: Aqui começa a boa escola. Sujeito simples: a boa escola. Núcleo do sujeito: escola 2- Sujeito desinencial - é aquele que está subentendido na oração, mas que eu consigo identifica-lo através da desinência do verbo. Ex: Comi duas maçãs. Pergunta: Quem comeu? Resposta: Eu Sujeito desinencial: Eu Viram? O sujeito não está explícito, mas eu sei que é o pronome “eu” por causa da terminação do verbo “comi” (primeira pessoa do singular, do pretérito perfeito, do indicativo). I.P.C. – O A nomenclatura “sujeito oculto” não é adequada para este tipo de sujeito uma vez que algo oculto é algo secreto (lembra da brincadeira do amigo oculto?). E neste caso o sujeito está expresso através da desinência do verbo, ele só está implícito (está envolvido, mas não de modo claro) 3- Sujeito composto – é quando eu tenho duas ou mais palavras como núcleo. Ex: Rosas e margaridas desabrocharam no jardim. Pergunta: O que desabrocharam? Resposta: Rosas e margaridas. (sujeito composto) Núcleo do sujeito composto: Rosas, margaridas 4- Sujeito indeterminado – é aquele que não aparece expresso na oração e nem pode ser identificado, ou porque não se quer ou por se desconhecer quem pratica a ação. É possível indeterminar o sujeito de duas formas: - utilizando verbos na terceira pessoa do plural:. Ex: Quebraram a vidraça.. Pergunta: Quem quebrou? Resposta: Eles (“eles” quem??? Não é possível identificar quem quebrou a vidraça) Logo, o sujeito é indeterminado. I.P.C.¹ - quando o sujeito é um pronome indefinido (alguém, por exemplo) não é sujeito indeterminado. Porque o sujeito indeterminado nunca apresenta elemento na oração. Sujeito representado por pronome indefinido será sempre simples, porque ele existe na frase. Não confunda indefinido com indeterminado. I.P.C.²: antes de classificar o sujeito de uma oração observe bem o que vem antes dela. Observe: Ex: Cientistas do Brasil pesquisaram ervas medicinais e descobriram remédios naturais contra o stress. Quem é o sujeito da forma verbal descobriram? Pergunta: quem descobriu? Resposta: Eles (“eles” quem??? Os cientistas do Brasil.) Logo, sujeito desinencial. - empregando-se o pronome se com verbos intransitivos, transitivos diretos e de ligação na terceira pessoa do singular: Ex: Vive-se bem aqui. Precisa-se de professores. Era-se feliz aqui. 5- Oração sem sujeito – é aquela que a declaração expressa pelo predicado não é atribuída a nenhum ser. Nesse tipo de oração o verbo é impessoal e são sempre expressos na terceira pessoa do singular. Estes são os principais: - os que indicam fenômeno da natureza: chover, trovejar, anoitecer... Ex: Choveu muito hoje. - o verbo “haver” com sentido de “existir”: Ex: Havia pessoas boas ali. - os verbos fazer, haver e ir, quando indicam tempo decorrido: Ex: Faz tempo que não o vejo. Há dias espero por você. Vai para um mês que estou longe dela. - os verbos ser e estar, quando indicam tempo ou estado meteorológico: Ex: Já era dia quando chegamos. Está frio aqui. PREDICADO – é tudo aquilo que não é sujeito. Divide-se em: VERBAL - quando o núcleo é um verbo ou expressão verbal. E este núcleo pode ser classificado como: transitivo direto, transitivo indireto, transitivo direto e indireto e intransitivo. 1- Verbo transitivo direto (VTD) – é o verbo que precisa de um complemento para expressar o significado da ação, mas não exige o uso de preposição. Ex: O professor já corrigiu as provas. Afinal, quem corrige, corrige algo. 2- Verbo transitivo indireto - é o verbo que precisa de um complemento para expressar o significado da ação e exige o uso de preposição. Ex: Eu gosto de sorvete. Quem gosta, gosta de algo. Está vendo? O verbo gostar precisa da preposição de para se ligar ao seu complemento. 3- Verbo transitivo direto e indireto – é aquele que precisa de dois complementos: um sem preposição e outro com preposição. Ex: Disse a ele que não iria à aula. Quem diz, diz algo (s/ preposição) a alguém (c/ preposição). 4- Verbo intransitivo – é aquele que não precisa de complemento para expressar seu significado. Ex: Mariana saiu. NOMINAL - quando o núcleo é um nome (predicativo do sujeito ou do objeto), isto é, um substantivo ou adjetivo (o verbo nesta oração é chamado de verbo de ligação, porque não expressa uma ação). Ex: A criança ficou ferida. VERBO NOMINAL - o núcleo é, ao mesmo tempo, um verbo e um predicativo. Ex: A criança brincava distraída. PREDICATIVO - indica uma qualidade ou estado do sujeito ou objeto. Ex: Eu procurava um menino bonito. OBJETO DIRETO – é um complemento verbal. Completa o sentido do verbo transitivo direto (o VTD não pede preposição). Para encontrá-lo basta fazer a pergunta após o verbo. Comprei o livro. - OD (Comprei o quê?) I.P.C. - o objeto direto pode vir precedido de preposição. Neste caso o chamamos de OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO. Ex: Ele bebeu da água. (OD preposicionado) OBJETO INDIRETO – completa o sentido do verbo transitivo indireto. (o VTI pede o auxílio de preposição quando fazemos a pergunta ao verbo) Acredito em Deus. - OI (Acerdito em quê?) COMPLEMENTO NOMINAL – é todo termo que na oração completa o sentido de um nome (geralmente substantivos abstratos). Ex: Tenho saudades de Cristina. Analise a oração e encontre o sujeito, a transitividade do verbo e o objeto. Sobrou alguma coisa? Saudades não é um verbo. É um substantivo mais pede complemento, afinal, quem tem saudades, tem saudades de alguém. Logo, "de Cristina é complemento nominal".