24 de agosto de 2011

PONTE PARA TERABÍTIA

Ponte para Terabítia
Bridge to Terabithia ("Ponte para Terabítia" no Brasil e "O segredo de Terabítia" em Portugal), é um filme de 2007 dirigido por Gabor Csupo. Lançado pela Walt Disney Pictures é baseado em livro homônimo originalmente publicado em 1977. Com os atores Josh Hutcherson ( do filme Zathura) e Anna Sophia Robb (da versão mais recente de A Fantástica Fábrica de Chocolate). O filme nos traz a realidade de duas crianças: Jess, único menino de um casal com cinco filhos, que vive com dificuldades; e Leslie, filha única de um casal de escritores, que tem como maior aliada sua imaginação.
Jess Aarons não tem a atenção dos pais, não tem amigos na escola, é perseguido pelos valentões da sala, e vive uma paixão platônica pela professora de música. Ele passa seu tempo criando ilustrações ou treinando para ser o mais rápido na corrida da escola. Então surge a novata Leslie Burke, que logo em seu primeiro dia ganha de Jess e do resto dos garotos na corrida. Filha de escritores, também é vista como uma estranha por todos na escola, assim como Jess. Aos poucos cria-se uma grande amizade. Leslie, com seu talento para criar histórias, e Jess, com suas habilidades nos desenhos, criam um mundo mágico chamado Terabítia. Um reino encantado, numa floresta próximo à casa deles. Leslie aconselha Jess a "manter a mente sempre aberta" para que as coisas aconteçam.
O DIÁLOGO pode ser considerado como fonte de tolerância, enriquecimento e abertura. Supõe que uma pesoa seja capaz de ter distância de si mesma e abrir-se a outras culturas e formas de pensar. "Pôr-se no lugar do outro, reciprocidade, colocar-se na pele do outro e a partir dali ser capaz de perceber a sua realidade. A reciprocidade implica a capacidade para captar o ponto de vista do outro. O DIÁLOGO é um dos determinantes mais claros que facilitam o desenvolvimento moral" (Serrano, 2002)
Ao longo do filme percebemos uma série de transformações na vida das personagens. Poderíamos afirmar que o diálogo proporcionou estas mudanças? Qual a relação estabelecida entre o título do filme e seu conteúdo?

1 de agosto de 2011

Sílaba tônica é para os fracos!

É muito bom que os professores tentem adequar suas lições à realidade de seus alunos. Vendo coisas semelhantes ao cotidiano deles o aprendizado torna-se mais simples, já que assim respondemos àquela célebre pergunta feita pelos alunos: “Onde é que eu vou usar isso?” Pois bem, pensando assim, resolvi assistir alguns programas que meus alunos costumam assistir (seriados, novela, de entrevistas...) e a ouvir algumas ( al-gu-mas.) músicas que eles curtem. Tamanha foi a minha surpresa ao observar o desprezo pela sílaba tônica. Apesar de ela estar lá, mostrando todo o seu “poder”, implorando para ser pronunciada ... ela é totalmente ignorada . Primeiro foi na “música”. Um funk onde o MC canta: “Tira a camiSA! Tira a camiSA! Tira a camiSA! Levanta ‘pro’ alto e começa a ro!” (Destaquei a sílaba, que o Mc considera tônica). Todos sabemos que na palavra camisa encontramos a sílaba tônica MI. Sei que os adeptos e simpatizantes do ritmo dirão: “Mas ele só fez isso pra ri!” Tudo bem, usemos e abusemos da... licença poética? Bom, um pouco mais discreto, porém não imperceptível; é o comercial do Guaraná Antárctica veiculado no início de 2011. É uma releitura do clássico: “Pipoca na panela começa arrebentar, pipoca com sal, que sede que dá.” Nele uma celebridade canta: “Energia que contagia. Guana Antarctica!” Duvida?! Ouça a propaganda com atenção. http://www.youtube.com/watch?v=yibiqKT0gxQ Mas entendo perfeitamente que é difícil prestar a atenção na pronúncia das palavras, quando se tem vários corpos sarados saltitando diante de seus olhos. Isso sem falar na briga entre as emissoras e o estado de... tenho até receio em dizer...“Roráima” ou será “Rorãima”, já nem sei mais. Só sei que para a pintura de grandes prédios precisamos de um “andãime” e não de um “andáime”. É uma salada ortoépica que nos é servida de forma gratuita (leia graTUita, por favor!) Vendo este excesso de informações equivocadas (o eufemismo é uma das maravilhas da nossa língua. Não acham?!) percebo que a consequência trazida pela falta de intimidade com o próprio idioma, acaba virando o motivo de muitos acharem a Língua Portuguesa ruIM.

As palavras também têm classe

Vamos iniciar com um dos significados da palavra classe. CLAS. SE – 1. Numa série ou num conjunto, grupo ou divisão que apresenta características semelhantes. Minidicionário Aurélio da Língua Portuguesa, 6ª edição. As palavras, na Língua Portuguesa, também são divididas em classes de acordo com o seu significado e sua forma. Temos então dez classes de palavras, também chamadas de Classes Gramaticais. E acredite, aprender a identificar, a classificar corretamente as palavras evitará muitos problemas durante a análise sintática. SUBSTANTIVO É a classe de palavras que nomeiam seres. Visíveis ou não, animados ou não - objetos, ações, estados, sentimento, desejos... Esta é a função dela: dar nome. É variável em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo). Esta classe, para ficar mais organizada, possui subclasses. Isso mesmo. Não adianta dizer que essa é a parte que complica. Imagine como seria muito mais fácil achar aquela blusa verde, se você além de ter uma gaveta só para blusas, as organizasse por cores. Bom, voltemos aos substantivos... Substantivos simples – são formados por uma única palavra Ex: sofá, flor, pé, mão. Substantivos compostos – são aqueles formados por mais de uma palavra. Ex: sofá-cama, beija-flor, corrimão, pontapé. Substantivos comums – se referem a todos os seres de uma espécie. Ex: cidade, pé, homem, livro, cachorro. Substantivos próprios – têm como função nomear um ser em particular, destacando-o na espécie; por isso são grafados com letra maiúscula. Ex: Brasil, Ouro Preto, Mariana, Jorge. Substantivos primitivos – são aqueles que dão origem a outras palavras. Ex: telha, ferro, livro. Substantivos derivados – são aqueles que se originam de outras palavras. Ex: telhado, ferrugem, livraria. Substantivos coletivos – são os que , mesmo estando no singular, transmitem idéia de agrupamento de vários seres da mesma espécie. Ex: multidão (de pessoas), molho (de chaves), ramalhete (de flores), arquipélago (de ilhas) Substantivos concretos – são aqueles que designam seres de existência independente, e que podem ser reais ou imaginários. Ex: casa, sol, carro, filhinho, mãe, Brasil, Deus. Substantivos abstratos – são aqueles que nomeiam seres que dependem de outro para existir. Designam, ações, sentimentos e qualidades Ex: tristeza, medo, cambalhota, esforço, vaidade, emoção. MEGA I.P.C.:
Algumas pessoas acham que a diferença entre os substantivos concretos e abstratos consiste em: concreto é tudo aquilo que eu posso tocar, e abstrato é tudo aquilo que eu não posso tocar. E aí fica a pergunta: Por que Deus é um substantivo concreto se eu não posso tocá-lo??? Pois bem meu caro aluno, não precisa dizer que é porque Deus é Deus e pode tudo. É bem mais simples do que parece. Imagine que o seu cérebro é um arquivo gigante, cheio de gavetas. E cada gaveta possui imagens relacionadas às palavras que você conhece. Quando a palavra é pronunciada, imediatamente abre-se a gaveta onde estão as palavras iniciadas por “p” e... lá está a imagem de um pé (independente de ser um pé feio ou bonito). Agora quando a palavra é saudade, imediatamente vamos à gaveta das palavras iniciadas por “s” e... não temos nenhuma imagem da saudade (podemos ter da pessoa de quem sentimos saudades, mas não da saudade.). Logo, se tivermos uma imagem que o defina ele é um substantivo concreto. A análise da palavra depende também de seu significado. Lembre-se sempre da função, pois é ela que vai definir a que classe aquela palavra pertence. Ah! Um substantivo pode ter várias classificações. Ex: Tereza – substantivo simples, primitivo, concreto e próprio. Amor – substantivo simples, primitivo, abstrato, comum. ADJETIVOS
Classificamos assim as palavras que modificam os substantivos, atribuindo-lhes características. O adjetivo pode indicar tamanho, cor, beleza, defeitos, qualidades... Ex: Cachorro grande (grande é o adjetivo do substantivo cachorro) Pés descalços (descalços é o adjetivo do substantivo pés) É uma classe variável e geralmente acompanha o substantivo ao qual se refere, ou seja, se tivermos mais de um cachorro serão: Cachorros grandes Locução Adjetiva É a expressão com função de adjetivo. (Não disse que a função é muito importante!?) Em alguns casos pode ser substituída por um adjetivo. Ex: 1 - Caneta com aroma É locução adjetiva, pois está caracterizando a caneta. Pode ser substituída por aromatizada. 2 - Colega de turma (está caracterizando o substantivo colega) ARTIGO É classe das palavras que antecedem os substantivos, definindo-os ou indefinindo-os, particularizando-os ou generalizando-os. Concordam em gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural) com os substantivos que acompanham. Podem ser: Definidos: o,a, os, as Indefinidos: um, uma, uns, umas PRONOME São as palavras que podem substituir ou acompanhar um nome, principalmente o substantivo. Exploremos então, a cômoda dos pronomes. Preparado? Na primeira gaveta temos: Pronomes pessoais – que servem para indicar as pessoas que participam de uma situação de comunicação. Se dividem em três categorias: retos: eu, tu, ele, nós, vós, eles ; oblíquos: me, mim comigo, te, ti, contigo, o, a, lhe, se, si, nos, conosco, vos, convosco, os, as, lhes. tratamento :Vossa Alteza, Vossa Majestade, senhor, senhora, Vossa Santidade... Pronomes possessivos – servem para indicar relações de posse. Ex: Meu, minha, teu, tua, nosso, vosso, seus... Pronomes demonstrativos – situam a pessoa ou a coisa demonstrada. São eles: este (a), isto, esse (a), isso, aquele (a) e aquilo. Pergunta clássica: e quando é que eu devo usá-los? É só lembrar... Este é quando o objeto está próximo de quem fala. Esse é usado quando o objeto está longe da pessoa que fala. Aquele é usado quando o objeto está longe da pessoa que fala e da pessoa que o escuta.