2 de abril de 2009

QUEM É QUEM NA ANÁLISE SINTÁTICA.

Como existem muitas dúvidas sobre este assunto... A oração se divide primeiramente em sujeito e predicado. SUJEITO – é aquele que de quem se fala. Para encontrá-lo basta fazer a pergunta “o quê?” ou “quem” antes do verbo. Ex¹: Maria é bonita. Pergunta: quem é bonita? Resposta: Maria Logo, “Maria” é o sujeito da oração. Ex²: Aqui começa a boa escola. Pergunta: O que começa? Resposta: a boa escola. Logo, “a boa escola” é o sujeito da oração. Obs.: Lembre-se de que o verbo sempre concorda com o sujeito. Por isso, só diga “é nós” em situações informais, bem informais... NÚCLEO DO SUJEITO – é a palavra mais importante do sujeito. As demais são termos acessórios. Ex: Aqui começa a boa escola. Sujeito: a boa escola. Núcleo do sujeito: escola O sujeito pode ser classificado como: Simples, composto, desinencial, indeterminado, sem sujeito. 1- Sujeito Simples - é aquele que apresenta uma única palavra como núcleo. Ex: Aqui começa a boa escola. Sujeito simples: a boa escola. Núcleo do sujeito: escola 2- Sujeito desinencial - é aquele que está subentendido na oração, mas que eu consigo identifica-lo através da desinência do verbo. Ex: Comi duas maçãs. Pergunta: Quem comeu? Resposta: Eu Sujeito desinencial: Eu Viram? O sujeito não está explícito, mas eu sei que é o pronome “eu” por causa da terminação do verbo “comi” (primeira pessoa do singular, do pretérito perfeito, do indicativo). I.P.C. – O A nomenclatura “sujeito oculto” não é adequada para este tipo de sujeito uma vez que algo oculto é algo secreto (lembra da brincadeira do amigo oculto?). E neste caso o sujeito está expresso através da desinência do verbo, ele só está implícito (está envolvido, mas não de modo claro) 3- Sujeito composto – é quando eu tenho duas ou mais palavras como núcleo. Ex: Rosas e margaridas desabrocharam no jardim. Pergunta: O que desabrocharam? Resposta: Rosas e margaridas. (sujeito composto) Núcleo do sujeito composto: Rosas, margaridas 4- Sujeito indeterminado – é aquele que não aparece expresso na oração e nem pode ser identificado, ou porque não se quer ou por se desconhecer quem pratica a ação. É possível indeterminar o sujeito de duas formas: - utilizando verbos na terceira pessoa do plural:. Ex: Quebraram a vidraça.. Pergunta: Quem quebrou? Resposta: Eles (“eles” quem??? Não é possível identificar quem quebrou a vidraça) Logo, o sujeito é indeterminado. I.P.C.¹ - quando o sujeito é um pronome indefinido (alguém, por exemplo) não é sujeito indeterminado. Porque o sujeito indeterminado nunca apresenta elemento na oração. Sujeito representado por pronome indefinido será sempre simples, porque ele existe na frase. Não confunda indefinido com indeterminado. I.P.C.²: antes de classificar o sujeito de uma oração observe bem o que vem antes dela. Observe: Ex: Cientistas do Brasil pesquisaram ervas medicinais e descobriram remédios naturais contra o stress. Quem é o sujeito da forma verbal descobriram? Pergunta: quem descobriu? Resposta: Eles (“eles” quem??? Os cientistas do Brasil.) Logo, sujeito desinencial. - empregando-se o pronome se com verbos intransitivos, transitivos diretos e de ligação na terceira pessoa do singular: Ex: Vive-se bem aqui. Precisa-se de professores. Era-se feliz aqui. 5- Oração sem sujeito – é aquela que a declaração expressa pelo predicado não é atribuída a nenhum ser. Nesse tipo de oração o verbo é impessoal e são sempre expressos na terceira pessoa do singular. Estes são os principais: - os que indicam fenômeno da natureza: chover, trovejar, anoitecer... Ex: Choveu muito hoje. - o verbo “haver” com sentido de “existir”: Ex: Havia pessoas boas ali. - os verbos fazer, haver e ir, quando indicam tempo decorrido: Ex: Faz tempo que não o vejo. Há dias espero por você. Vai para um mês que estou longe dela. - os verbos ser e estar, quando indicam tempo ou estado meteorológico: Ex: Já era dia quando chegamos. Está frio aqui. PREDICADO – é tudo aquilo que não é sujeito. Divide-se em: VERBAL - quando o núcleo é um verbo ou expressão verbal. E este núcleo pode ser classificado como: transitivo direto, transitivo indireto, transitivo direto e indireto e intransitivo. 1- Verbo transitivo direto (VTD) – é o verbo que precisa de um complemento para expressar o significado da ação, mas não exige o uso de preposição. Ex: O professor já corrigiu as provas. Afinal, quem corrige, corrige algo. 2- Verbo transitivo indireto - é o verbo que precisa de um complemento para expressar o significado da ação e exige o uso de preposição. Ex: Eu gosto de sorvete. Quem gosta, gosta de algo. Está vendo? O verbo gostar precisa da preposição de para se ligar ao seu complemento. 3- Verbo transitivo direto e indireto – é aquele que precisa de dois complementos: um sem preposição e outro com preposição. Ex: Disse a ele que não iria à aula. Quem diz, diz algo (s/ preposição) a alguém (c/ preposição). 4- Verbo intransitivo – é aquele que não precisa de complemento para expressar seu significado. Ex: Mariana saiu. NOMINAL - quando o núcleo é um nome (predicativo do sujeito ou do objeto), isto é, um substantivo ou adjetivo (o verbo nesta oração é chamado de verbo de ligação, porque não expressa uma ação). Ex: A criança ficou ferida. VERBO NOMINAL - o núcleo é, ao mesmo tempo, um verbo e um predicativo. Ex: A criança brincava distraída. PREDICATIVO - indica uma qualidade ou estado do sujeito ou objeto. Ex: Eu procurava um menino bonito. OBJETO DIRETO – é um complemento verbal. Completa o sentido do verbo transitivo direto (o VTD não pede preposição). Para encontrá-lo basta fazer a pergunta após o verbo. Comprei o livro. - OD (Comprei o quê?) I.P.C. - o objeto direto pode vir precedido de preposição. Neste caso o chamamos de OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO. Ex: Ele bebeu da água. (OD preposicionado) OBJETO INDIRETO – completa o sentido do verbo transitivo indireto. (o VTI pede o auxílio de preposição quando fazemos a pergunta ao verbo) Acredito em Deus. - OI (Acerdito em quê?) COMPLEMENTO NOMINAL – é todo termo que na oração completa o sentido de um nome (geralmente substantivos abstratos). Ex: Tenho saudades de Cristina. Analise a oração e encontre o sujeito, a transitividade do verbo e o objeto. Sobrou alguma coisa? Saudades não é um verbo. É um substantivo mais pede complemento, afinal, quem tem saudades, tem saudades de alguém. Logo, "de Cristina é complemento nominal".

4 comentários:

  1. Na oração:
    "Respoderam favoravelmente ao meu apelo",
    "ao meu apelo" é objeto indireto ou complemento nominal?

    Pergunto isso porque, segundo o meu entendimento, é OI, mas na apostila que estou estudando, é considerado CN de "favoravelmente".

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  2. Renato,
    sua apostila está correta.
    O CN complementa o sentido de um substantivo abstrato, um adjetivo ou advérbio(que é o caso da palavra favoravelmente).
    O CN, assim como o OI, vem acompanhado de preposição. Só que o OI completa o sentido de verbos.
    Espero ter ajudado.
    abçs.

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  3. NA ORAÇÃO: OS MENINOS E AS MENINAS FORAM AO BAILE. QUAL É A FUNÇÃO SINTÁTICA DO E?

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  4. Nesta oração o "E" é uma conjunção.
    A conjunção serve para unir orações ou termos que exercem a mesma função sintática.
    Ele (o "e") funciona como CONECTIVO, pois está ligando o termo "os meninos" ao termo "as meninas", que exercem a função de sujeito. Classificamos como CONECTIVO.
    Abçs.

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